terça-feira, 8 de julho de 2008

A Marcha Mundial das Mulheres é uma ação do movimento feminista internacional de luta contra a pobreza e a violência sexista. Sua primeira etapa foi uma campanha entre 8 de março e 17 de outubro de 2000. Aderiram à Marcha 6000 grupos de 159 países e territórios. As manifestações de encerramento desta primeira fase da Marcha no dia 17 de outubro de 2000 mobilizaram milhares de mulheres em todo o mundo, nesta ocasião foi entregue a ONU um abaixo assinado com cerca de 5 milhões de assinaturas em apoio às reivindicações da Marcha.
A mobilização de mulheres gerada pela Marcha não parou por aí. Os contatos feitos entre variados grupos de diferentes países criou uma rede feminista que pretende se preservar, para assim fortalecer a luta das mulheres.
No Brasil, a Marcha Mundial das Mulheres juntou setores como o movimento autônomo de mulheres, movimento popular e sindical, rural e urbano; ampliou o debate econômico entre as mulheres e as trouxe para as ruas. Construímos uma plataforma nacional , a "Carta das Mulheres Brasileiras" que exige terra, trabalho, direitos sociais, auto-determinação das mulheres e soberania do país.
O combate à pobreza e à violência feita as mulheres continua a ser o eixo de nossa intervenção, sempre com uma forte ação feminista e anti-capitalista na luta pela igualdade, justiça, distribuição de renda, recursos e poder.
Depois do 17 de outubro de 2000, a Marcha esteve presente no Fórum Social Mundial, no 8 de Março, no 1º de Maio, na Marcha das Margaridas e em várias campanhas nacionais e internacionais. Queremos continuar debatendo com as mulheres temas como:
- A subordinação do governo atual aos interesses do FMI e Banco Mundial - O corte dos gastos públicos nas áreas de saúde, educação, ciência e tecnologia e acesso a terra entre outros - A negociação da dívida externa - A impunidade nos crimes contra as mulheres (vide casos Margarida Alves e Sandra Gomide) - Os acordos comerciais e suas conseqüências para a vida das mulheres - Economia feminista - A valorização do Salário Mínimo
Acreditamos que o movimento anti-globalização que emergiu com toda a força em Seattle e Praga está impondo uma derrota ao pensamento único neoliberal. Queremos que o movimento de mulheres seja parte ativa e protagonista nesta luta e que as reivindicações que tratam da auto-determinação das mulheres sejam incorporadas pelo conjunto do movimento.
Para isto, a forma como atuamos na Marcha com ações internacionais, nacionais e locais é muito positiva e deve continuar, para assim criarmos uma consciência social favorável às nossas reivindicações. A Marcha Mundial das Mulheres continua!

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