Terça-feira de Carnaval, último dia oficial de folia, dia que todas e todos vão para as ruas pular carnaval, mesmo quem ficou em casa nos outros dias, pois é “a ultima chance” de ser folião. Em 2011 a terça-feira de carnaval ainda contou com mais uma “magia”, pois foi dia 08 de março, DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES.
Embaladas por essa conjuntura desfilou ontem pela Lapa o Bloco Maria Vem Com as Outras, que conta com uma bateria de mulheres e vocalista mulher. A letra do samba falava sobre liberdade, vida, mudanças e lembrava algumas mulheres que marcaram nossa história como Simone de Beauvoir, Maria Bonita, Lélia Gonzales e Chiquinha Gonzaga.
O bloco arrastou muitas bruxas, mulheres maravilhas, e Marias de todos os tipos: Cores, Raças/Etnias, orientação sexual, e idade. Marias, mulheres que foram se juntando trazendo seus amigos, companheiros, mulheres que se manifestavam também com suas fantasias, ou pirulitos denunciando a violência contra mulher em todo o mundo, mas também falavam de salário igual para trabalho igual, e da alegria de um Carnaval com a nossa cara, sem imposições de padrões de beleza, e com o nosso ritmo, as nossas mulheres mostrando que sim, nós podemos!
Enfim as mulheres estiveram em movimento no dia internacional das mulheres de 2011 no Rio de Janeiro, dizendo que podemos mudar o mundo e ter um carnaval com a nossa cara, é claro que nós da Marcha Mundial das Mulheres não podíamos ter ficado de fora dessa festa, desse dia de luta, comemoração, denuncia protesto, mas principalmente alegria porque como diz o samba das Marias viemos para viver, iluminando a trajetória e a vitória de mulheres que fazem acontecer!
Agora convidamos todas a continuar a luta e a folia no ato da Marcha Mundial das Mulheres Rio de Janeiro no dia 27 de Março as 10h no Aterro do Flamengo.
Um comentário:
Eu estava lá, a concentração foi um pouco longa, mas quando elas começaram a tocar e cantar, valeu a pena esperar... foi lindo...
Elas tinham que sair todo ano no Carnaval e no 08 de março.
No carnaval por representar uma possibilidade de termos um bloco com a nossa cara, de mulheres feministas que estamos em todos os lugares
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